Tratamento do olho seco com luz pulsada reduz drasticamente os sintomas
Estudos que o tratamento do olho seco com a luz intensa pulsada é eficaz na redução dos sintomas por tempo prolongado
O tratamento do olho seco é desafiador. Felizmente, nos últimos anos o uso da luz intensa pulsada para tratar a doença tem se consagrado pela sua efetividade e segurança. O olho seco, também chamado de ceratoconjuntivite seca, atinge de 5% a 34% da população. Normalmente, é mais prevalente em pessoas acima dos 40 anos, em especial mulheres após a menopausa.
Segundo Dr. Ricardo Menon Nosé, oftalmologista especializado em doenças da superfície ocular, os sintomas do olho seco são bastante incômodos e podem afetar a qualidade de vida. “Além da secura, o paciente pode apresentar irritação, sensação de areia nos olhos, coceira, ardência e sensibilidade à luz. Em ambientes com ar-condicionado, em dias mais secos, bem como após o uso prolongado de dispositivos eletrônicos, os sintomas podem se agravar”.
Causas do olho seco
O olho seco ocorre quando há alguma disfunção nas glândulas de Meibômio, que produzem a parte gordurosa do filme lacrimal, chamada meibum. A camada gordurosa é de extrema importância, pois cria uma barreira para evitar a evaporação do filme lacrimal e mantém a córnea nutrida.
Portanto, problemas na produção e secreção do meibum alteram a qualidade da lágrima. Em geral, a lágrima se evapora mais rápido e a córnea tem sua nutrição comprometida. O resultado destas alterações é o desenvolvimento do olho seco”, explica Nosé.
Principais fatores de risco do olho seco
- Envelhecimento (ter mais de 40 anos)
- Menopausa
- Diabetes
- Doenças autoimunes
- Uso de lente de contato
- Uso de medicamentos
- Histórico de cirurgia ocular a laser
- Uso excessivo de telas (computador)
Tratamento do olho seco depende do diagnóstico correto
Embora a disfunção das glândulas meibomianas seja a principal causa mais comum do olho seco, há também o olho seco causado por problemas nas glândulas lacrimais, que produzem a parte aquosa das lágrimas. De qualquer maneira, é preciso realizar exames que ajudam a diagnosticar de forma mais apurada.
Um destes exames é o TearCheck, uma das tecnologias mais avançadas para diagnóstico das doenças da superfície ocular. O aparelho realiza 7 exames em 10 minutos. O médico oftalmologista consegue avaliar todos os aspectos envolvidos no olho seco e, com isso, definir o melhor tratamento.
Tratamento do Olho Seco com Luz Intensa Pulsada
O tratamento do olho seco com a luz intensa pulsada já é realizado há alguns anos. Por isso, há diversas evidências científicas que comprovaram sua eficácia na redução e remissão dos sintomas. “Há evidências robustas que mostram que a luz intensa pulsada altera o mecanismo de disfunção das glândulas de Meibômio, principal fator de risco da patologia. Com isso, os sintomas do olho seco melhoram de forma significativa”, comenta Nosé.
A luz intensa pulsada se transforma em calor (energia térmica). Este efeito térmico promove a coagulação e ablação (cauterização) dos capilares, reduzindo dos fatores inflamatórios. O efeito térmico também desobstrui as glândulas de Meibômio, uma vez que amolece a secreção acumulada. Vale reforçar que após a aplicação é necessário remover manualmente estas secreções para efetividade do tratamento”, conta o especialista.
“Em conclusão, a luz intensa pulsada se mostra cada vez mais importante para o controle dos sintomas olho seco. Sem dúvidas, é uma tecnologia disruptiva na área oftalmológica que excelentes resultados em longo prazo”, finaliza Nosé.
Como funciona na prática
A luz intensa pulsada deve ser aplicada por um oftalmologista. O tratamento do olho seco é feito em 3 sessões, com intervalos de 15 dias. Os resultados são duradouros e podem manter a doença sob controle por até três anos. Mas, a resposta é individual e depende da gravidade da doença. Recomenda-se ainda uma sessão anual de manutenção ,