O que é herpes-zóster ocular? Quais os sintomas? Como tratar?
O herpes-zóster ocular é uma infecção causada pelo vírus varicella-zóster, o mesmo vírus que causa a varicela, mais conhecida como catapora.
Na verdade, o herpes-zóster ocular é uma manifestação que pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com o herpes-zóster. Em outras palavras, a pessoa desenvolve o herpes-zóster e ele pode afetar o sistema visual ou a pessoa desenvolve apenas a forma oftálmica da doença.
Mas, primeiramente, vamos falar um pouco mais do herpes-zóster e, depois, iremos falar mais sobre a forma oftálmica da infecção.
Varicella-zóster: que vírus é esse?
Certamente, você já ouviu falar da catapora. O que talvez você não saiba é que a doença é causada pelo vírus varicella-zóster. Essa infecção viral é muito comum na infância e não traz grandes complicações.
Contudo, o varicella-zóster não é eliminado do organismo após a infecção. Ele é um vírus que estará para sempre no seu corpo.
Como isso é possível?
O vírus se aloja em um nervo e fica inativo, como se estivesse dormindo. Porém, ao longo da vida, cerca de 20% das pessoas contaminadas, previamente, pelo varicella-zóster podem desenvolver o herpes-zóster, que é uma outra doença causada pelo mesmo vírus da catapora.
De acordo com estudos, a doença pode afetar 1 em cada 100 pessoas com mais de 60 anos, principalmente àquelas com baixa imunidade.
Herpes-zóster ocular pode ocorrer em metade dos casos
Em cerca de metade dos casos da herpes-zóster, o vírus atinge os nervos cranianos levando ao desenvolvimento da herpes-zóster ocular.
O herpes-zóster oftálmico ocorre quando o vírus se espalha na divisão oftálmica do nervo craniano trigêmeo. A pessoa pode desenvolver desde uma conjuntivite até condições mais graves, que afetam a córnea, como a ceratite.
É muito importante que as pessoas saibam que o herpes-zóster ocular é uma emergência oftalmológica, devido ao risco de perda de visão se não for identificada e tratada rapidamente, no início do curso da doença.
Após um episódio de herpes-zóster ocular, a pessoa pode desenvolver lesões agudas na córnea, na retina, bem como uveíte, esclerite e neurite óptica. Outra condição é a neuralgia pós-herpética, que pode ser bastante dolorosa.
Quais os sintomas do herpes-zóster oftálmico?
O principal sinal do herpes-zóster são as bolhas que surgem repentinamente na pele. Frequentemente, essas lesões são doloridas e evoluem para feridas.
Entretanto, antes da eclosão das bolhas há alguns sintomas que podem sugerir um episódio de herpes-zóster. Veja abaixo.
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Fadiga (cansaço)
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Febre baixa
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Mal-estar geral
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Formigamento no local – no caso do herpes-zóster ocular, esse formigamento pode ser sentido na ponta do nariz. Ele pode surgir como uma coceira e evolui para essa sensação de formigamento.
As lesões oculares são acompanhadas de lesões na face. Inclusive, quando há lesões na ponta do nariz é sinal de que há envolvimento ocular, principalmente da córnea, já que o nervo nasociliar é responsável pela inervação da ponta do nariz e da córnea.
Emergência Oftalmológica
O herpes-zóster ocular é uma doença imprevisível. Dessa forma, é essencial começar o tratamento dentro das 72 horas dos sintomas que antecedem a eclosão das bolhas, como o formigamento, febre, cansaço e mal-estar.
A pessoa precisa procurar um serviço oftalmológica de urgência. Nesse momento, dentro das 72 horas, é possível usar antivirais para reduzirem a infecção, a dor e as possíveis complicações na visão.
Infelizmente, o herpes-zóster ocular pode aumentar o risco do desenvolvimento da vasculopatia, que aumenta também o risco de problemas como o acidente vascular cerebral (AVC).
Como prevenir o herpes-zóster ocular?
Atualmente, existe uma vacina para prevenir o herpes-zóster na população acima de 50 anos. Entretanto, o imunizante só pode ser encontrado na rede privada de saúde.
O que acontece com a pessoa depois da infecção?
Primordialmente, toda pessoa que desenvolve o herpes-zóster ocular precisa ir com mais frequência ao oftalmologista.
Vale ressaltar que como a doença aumenta o risco de problemas vasculares, o oftalmologista precisa encaminhar o paciente para um especialista no sistema cardiovascular afim de prevenir possíveis complicações, com um derrame.