Tudo que você precisa saber sobre a retinopatia diabética
Você pode até não conhecer a retinopatia diabética. Mas com certeza você já ouviu falar do diabetes.
Saiba que a retinopatia diabética é uma doença muito comum em pessoas com diabetes e pode causar a perda da visão.
Agora, vamos falar tudo que você precisa saber sobre a retinopatia diabética e como prevenir essa doença.
O que é retinopatia diabética?
Trata-se de uma doença ocular que atinge a retina, mais conhecida como “fundo do olho”. Essa área é fundamental para a visão e qualquer lesão nela pode levar à cegueira.
Normalmente, 99% das pessoas com diabetes tipo 1 (juvenil) e 60% das pessoas com diabetes tipo 2 desenvolvem algum grau de retinopatia após 20 anos do diagnóstico do diabetes.
Como uma doença metabólica pode prejudicar a visão?
O diabetes é uma doença que afeta o metabolismo da glicose pela insuficiência ou ausência da insulina. A partir desse descontrole, os níveis de glicemia ficam alterados e começam a causar danos em todo o corpo.
A maioria das complicações do diabetes ocorre nos vasos sanguíneos. A retina é altamente vascularizada, portanto é prejudicada por doenças que afetam o sistema circulatório como o diabetes.
Glicose x sangue
Quando as taxas de glicose estão descompensadas, o organismo gera substâncias que se acumulam dentro dos vasos sanguíneos.
A partir disso, podem ocorrer diversas complicações na retina como hemorragia, crescimento de neovasos, estreitamento dos vasos com redução do fluxo de sangue para a região ocular.
Há dois tipos de retinopatia diabética: a não proliferativa e a proliferativa.
Retinopatia Não Proliferativa
A retinopatia diabética de instala de forma silenciosa em seus primeiros estágios. Na fase inicial é chamada de não proliferativa.
Nesse estágio, ocorrem pequenos aneurismas. Trata-se de uma condição em que os vasos da retina se dilatam. Algumas partes da retina ficam inchadas e pode ocorrer vazamento de fluídos.
Na medida em que a doença avança, os vasos sanguíneos podem ficar obstruídos. A partir disso, o fluxo sanguíneo fica prejudicado. Todo esse processo causa alterações na retina e contribuem para o chamado edema macular diabético. Em outras palavras, a área central da retina, chamada de mácula, fica inchada.
Em geral, a perda da acuidade visual e esses danos na retina na fase não proliferativa só são diagnosticados durante os exames de vista de rotina.
Retinopatia Diabética Proliferativa
Quando a doença avança, é chamada de retinopatia proliferativa. O organismo começa a criar sanguíneos (neovasos) na tentativa de melhorar a circulação sanguínea na retina.
Os neovasos se “proliferam” na superfície da retina. Contudo, são frágeis e não promovem a nutrição da área. Esses vasos se rompem e isso causa a liberação de sangue e outros fluídos na retina.
Além dessa complicação, os neovasos causam cicatrizes na retina que podem causar o descolamento de retina. Essa é uma condição potencialmente ameaçadora para a visão.
Ao contrário da primeira fase da retinopatia, a proliferativa costuma causar alguns sintomas como:
- Visão Embaçada
- Manchas escuras flutuantes
- Flashes de luz
- Perda súbita da visão
Diagnóstico precisa ser precoce
Infelizmente nem todas as pessoas com diabetes fazem acompanhamento periódico com um oftalmologista. Isso pode fazer toda a diferença para detectar de forma precoce a retinopatia.
Normalmente o oftalmologista pode solicitar exames para avaliar de forma mais minuciosa a condição da retina. Entre esses exames podemos citar:
- Mapeamento da retina
- Retinografia
- Angiografia da retina
- OCT (tomografia de coerência óptica)
- Ultrassom
Tratamento
O tratamento é feito de acordo com o grau da retinopatia e varia de paciente para paciente.
Alguns medicamentos são aplicados direto no olho. Há também tratamentos a laser e cirurgias que podem amenizar a doença e melhorar a perda visual. De qualquer maneira, o tratamento visa impedir a progressão da doença para evitar a cegueira.