Síndrome do olho seco – Diagnóstico e Tratamento
A síndrome do olho seco, popularmente chamada de olho seco, é uma doença que afeta a superfície ocular e tem origem multifatorial. A prevalência da condição pode variar, mas no geral o olho seco pode afetar de 5 a 50% da população adulta.
Para além disto, a síndrome do olho seco é mais comum em mulheres, principalmente no período da menopausa. Outros grupos de risco são os usuários de lentes de contato e pessoas com glaucoma.
O mês de julho foi eleito para aumentar o conhecimento da população sobre o olho seco por meio do movimento Julho Turquesa. Uma vez que a prevalência é relativamente alta, é preciso orientar as pessoas sobre o diagnóstico e o tratamento do olho seco.
Como a síndrome do olho seco de desenvolve?
Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista geral e especialista em glaucoma, o olho seco é resultado de problemas no filme lacrimal, popularmente conhecido como lágrima. “O sistema ocular produz constantemente o filme lacrimal, que possui diversas funções nos olhos. Toda vez que piscamos, a lágrima se espalha na superfície ocular para mantê-la lubrificada, nutrida e para protegê-la contra agentes que podem causar doenças ou irritações”, explica.
“O filme lacrimal é composto por três camadas: a aquosa, a mucosa e a gordurosa. A superfície ocular é formada pela córnea, conjuntiva, episclera e esclera, a parte branca dos olhos. Desta forma, todas essas estruturas são afetadas quando há problemas na produção e na qualidade da lágrima. A síndrome do olho seco pode ser por deficiência aquosa ou por deficiência da camada de gordura, cujo nome é olho seco evaporativo”, conta a especialista.
Síndrome do olho seco evaporativo corresponde a mais de 80% dos casos
O olho seco evaporativo é a forma mais prevalente, estando associado ao mau funcionamento das glândulas sebáceas das pálpebras, que produzem o meibum, parte gordurosa do filme lacrimal. “As alterações podem ser na qualidade ou na quantidade do meibum. Com isso, a lágrima evapora mais rápido e acarreta diversos problemas na superfície ocular, como o desencadeamento da síndrome do olho seco”, aponta Dra. Maria Beatriz.
Embora o sintoma mais comum e conhecido seja a secura ocular, o olho seco causa outras manifestações como:
- Vermelhidão no globo ocular
- Coceira
- Ardência
- Irritação
- Sensação de areia nos olhos
- Lacrimejamento
- Turvação visual
Outra consequência do olho seco é que a pessoa sente uma piora dos sintomas quando o tempo está mais seco, ou ainda em ambientes com ar-condicionado e ventiladores, por exemplo. Pode apresentar ainda sensibilidade à luz e dificuldades ara ler de perto.
O olho seco por deficiência aquosa está associado a problemas nas glândulas lacrimais. Normalmente, é resultado de doenças autoimunes, como a síndrome de Sjögren ou ainda pode estar associado ao uso de certos medicamentos, que alteram o funcionamento dessas glândulas.
Fatores de risco da síndrome do olho seco
- Envelhecimento (ter mais de 40 anos)
- Menopausa
- Diabetes
- Doenças autoimunes
- Uso de lente de contato
- Uso de medicamentos
- Histórico de cirurgia ocular a laser
- Uso excessivo de telas (computador)
Diagnóstico do olho seco por meio do TearCheck®
A secura ocular, isoladamente, não quer dizer que o paciente desenvolveu o olho seco. Por isso, é muito importante ir ao oftalmologista, bem como passar por exames que possam comprovar o diagnóstico.
“Hoje, um dos exames mais apurados é o Tearcheck®. Trata-se de um exame de imagem que, em uma única sessão de cerca de 10 minutos, consegue avaliar 7 aspectos envolvidos no olho seco Nós temos aqui na Stratus o Tearcheck® e usamos sempre para maior acurácia no diagnóstico”, comenta Dra. Maria Beatriz.
Luz Intensa Pulsada (IPL) para síndrome do olho seco – O que você precisa saber
“Há alguns anos, o tratamento do olho seco era feito com colírios e alguns medicamentos para reduzir os fatores inflamatórios, envolvidos na doença. Contudo, eram tratamentos contínuos e nem sempre levavam à remissão dos sintomas, ou seja, o paciente tinha períodos de melhora e piora, com muita recorrência”, diz a oftalmologista.
A introdução da IPL para o olho seco foi disruptiva. Ou seja, mudou completamente os resultados do tratamento. Vários estudos já apontaram a eficácia da IPL na remissão dos sintomas, em longo prazo. A luz pulsada apresenta ótimo perfil de segurança, não tem efeitos colaterais, é aplicada em consultório. Geralmente, o tratamento é feito com a aplicação em 3 ou 4 sessões, com a recomendação de uma sessão anual”, finaliza Dra. Maria Beatriz.
Onde tratar a síndrome do olho seco?
Na Stratus Oftalmologia Avançada contamos com especialistas em olho seco. Além disso, a clínica oferece o Tearcheck® para o diagnóstico do olho seco e a Luz Intensa Pulsada para o tratamento.
Leia mais sobre o Tearcheck®, neste artigo completo do nosso blog.
https://stratusoftalmologia.com.br/2021/08/04/tearcheck/