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Terçol em crianças é comum no verão
O terçol em crianças é muito comum no verão. Na verdade, o terçol, também conhecido por hordéolo, é uma das infecções oculares mais comuns durante a infância e ao longo da vida. Felizmente, na maioria dos casos o terçol se resolve espontaneamente, sem necessidade de tratamento.
Porém, é sempre importante entender os sinais, sintomas e quando é preciso procurar o oftalmologista para avaliar o terçol em crianças.
Tudo o que você precisa saber sobre o terçol em crianças
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o terçol é uma infecção aguda que atinge a borda das pálpebras. Normalmente, a causa da infecção é a bactéria Staphylococcus aureus. O primeiro sintoma do terçol costuma ser a vermelhidão na margem da pálpebra afetada, que pode ser seguida de coceira e formação de uma bolinha.
“Ao longo dos dias, a coceira pode piorar, o local pode ficar mais vermelho, dolorido e quente. Há também presença de lacrimejamento, acúmulo de secreção nos olhos e nas pálpebras. A bolinha vira um abcesso cheio de pus, ou seja, fica parecida com uma espinha. E esta aparência, infelizmente, pode levar algumas pessoas a espremer o terçol, o que é totalmente contraindicado”, alerta Dra. Marcela.
Por que o terçol em crianças é mais comum no verão?
O terçol pode acontecer em qualquer época do ano. Mas, no verão ou em períodos mais quentes, o risco de desenvolver um terçol é maior. Isto porque as altas temperaturas e a umidade alteram o bom funcionamento das glândulas sebáceas das pálpebras.
“As glândulas de Zeis e Meibômio se localizam nas pálpebras e produzem substâncias oleosas com inúmeras funções. Uma delas é proteger os olhos contra micro-organismos. O calor e a umidade podem fazer com que estas glândulas não funcionem como deveriam. A partir disto, a defesa imunológica dos olhos cai, ficando mais suscetível a infecções”, explica Dra. Marcela.
Como as crianças costumam levar às mãos sujas aos olhos, por exemplo, o risco de infecção é ainda maior.
Diagnóstico do terçol em crianças
O diagnóstico do terçol é clínico. Isto quer dizer que não é preciso fazer nenhum exame para detectá-lo. “A maioria dos casos de hordéolo não necessita de tratamento medicamentoso. Na verdade, a única recomendação é realizar compressas mornas ao longo do dia para amolecer o abcesso até que ele se dissolva e seja absorvido pelo organismo”, recomenda a especialista
Em média, o terçol pode desaparecer entre 4 e 6 semanas. Depois deste período, se o terçol não melhorar, aumentar de tamanho ou surgirem novos sintomas, especialmente febre, é preciso procurar o oftalmopediatra para uma avaliação. Os pais devem ficar atentos também a manifestações como inchaço ao redor das pálpebras e dificuldade de enxergar com o olho afetado pelo terçol.
Como prevenir o terçol em crianças?
Uma recomendação importante para prevenir o terçol é evitar ao máximo tocar os olhos com as mãos sujas. As crianças e até mesmo os adultos costumam tocar a região facial, incluindo os olhos, com muita frequência. Isto leva micro-organismos para estas áreas, o que aumenta o risco de infecções como o terçol, principalmente quando existe a