Conjuntivite primaveril: Quais os sintomas e como tratar
A conjuntivite primaveril é uma das formas de conjuntivite alérgica. Como o próprio nome já diz, sua incidência é maior durante a primavera. A explicação é que nesta estação do ano há uma maior concentração de pólen, considerado um agente alérgeno.
Segundo o oftalmologista Dr. Ricardo Menon Nosé, especialista em doenças da córnea, a ceratoconjuntivite primaveril é uma inflamação na conjuntiva, o tecido que reveste a parte da frente do globo ocular. “A pessoa exposta ao pólen desenvolve uma reação de hipersensibilidade a este agente. Esta forma da conjuntivite pode ser mais grave, pois pode comprometer a córnea”.
A ceratoconjuntivite primaveril, portanto, é ocasionada por uma reação exagerada do organismo ao pólen. Isto aciona o sistema imunológico a “combater” o invasor, liberando substâncias inflamatórias.
Conjuntivite primaveril causa coceira e vermelhidão
Há vários tipos de conjuntivite e os sintomas costumam ser parecidos. “Entretanto, um importante diferencial da forma primaveril é que não há presença de secreção purulenta, já que não é infecciosa. A coceira é mais intensa e é acompanhada de vermelhidão, irritação, sensação de areia nos olhos e sensibilidade à luz”, explica o médico.
Outro diferencial da conjuntivite alérgica é que sua duração é mais prolongada do que as de origem infecciosas. “Em muitos casos é necessário fazer um tratamento mais longo, com remédios para reduzir a inflamação, por exemplo”.
Atenção alérgicos!
Qualquer pessoa pode desenvolver uma conjuntivite primaveril. Mas a prevalência é maior em crianças, principalmente àquelas que já possuem histórico de alergias. Em localidades mais quentes e secas há um número maior de casos, já que o pólen fica mais concentrado no ar.
Não coce os olhos!
Pode ser quase impossível não coçar os olhos em uma conjuntivite alérgica! Mas a fricção constante é perigosa. “O principal problema é que o hábito de coçar o olho pode causar problemas na córnea. A pessoa pode desenvolver lesões, úlceras e até perfuração nesta região do olho”, alerta Dr. Ricardo.
Dicas para aliviar os sintomas
Antes de mais nada, é fundamental usar colírios apenas com a prescrição médica. Em muitos casos é preciso usar colírios à base de corticoides e até mesmo corticoides de uso oral. Porém, há riscos envolvidos nesta classe medicamentosa.
Para além do tratamento medicamentoso, alguns cuidados podem ajudar a aliviar os sintomas, como:
- Usar colírios lubrificantes e/ou lágrimas artificiais
- Evitar contato com o pólen, que em geral é mais abundante em ambientes ao ar livre com vegetação
- Caso o ar esteja seco, aposte nos umidificadores de ar
- Use óculos de sol com lentes de proteção UVA/UVB
- Faça compressas frias nos olhos