Molusco contagioso nas pálpebras: O que é e como tratar
O molusco contagioso nas pálpebras é uma infecção de pele provocada pelo poxvírus. A condição é mais prevalente na infância e em pessoas com a imunidade enfraquecida.
Agora, vamos falar um pouco mais sobre o molusco contagioso e como ele pode afetar as pálpebras.
Sinais e sintomas
O molusco contagioso é uma infecção cutânea, ou seja, suas manifestações surgem na pele por meio de bolhas rosadas ou brancas.
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, as lesões (bolhas) podem coçar, inflamar e doer. Embora seja uma condição desconfortável, principalmente para as crianças, o molusco contagioso tende a desaparecer ao longo tempo. A melhora pode variar de pessoa para pessoa. Há crianças que se curam em meses, outras em anos.
Como ocorre a transmissão
O molusco contagioso passa de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre principalmente em ambientes como piscinas e chuveiros de uso comum, bem como por meio de compartilhamento de itens pessoais, como toalhas, brinquedos, roupas etc.
“Outro fator determinante é que o calor e a umidade são condições ideais para a proliferação do vírus. Como essas condições climáticas são comuns no Brasil, temos uma prevalência elevada da doença em nosso país”, comenta Dra. Marcela.
Como o molusco contagioso pode se espalhar para outras áreas do corpo?
Um aspecto curioso a respeito do molusco contagioso é que a infecção pode se espalhar para outras áreas do corpo. “Essa característica se chama “autoinoculação”, ou seja, o paciente acaba contaminando outras partes do corpo. Isso costuma ocorrer quando a pessoa tocou as lesões e em seguida levou as mãos aos olhos, boca ou outra parte da pele”, explica a médica.
Molusco contagioso pode afetar as pálpebras?
Apesar do molusco contagioso não ser uma doença grave e de melhora espontânea, ele pode se espalhar para algumas regiões mais sensíveis do corpo, como a pele da região ao redor dos olhos, ou seja, das pálpebras.
“As bolhas podem se desenvolver na pele das pálpebras e causar algumas complicações, como a conjuntivite folicular. As lesões podem soltar substâncias tóxicas que ocasionam uma irritação crônica na conjuntiva. Nesses casos, é preciso procurar um oftalmologista para avaliar qual o melhor tipo de tratamento para as lesões que se desenvolvem na área periorbital”, alerta Dra. Marcela.
Diagnóstico e tratamento
O molusco contagioso é uma doença de pele. Por isso, o médico que diagnostica e trata, inicialmente, é o dermatologista. Porém, caso as lesões se espalhem para a pele das pálpebras, é preciso procurar um oftalmologista para uma avaliação.
“Não existe um tratamento específico para o molusco contagioso. Em geral, as lesões costumam desaparecer em até 12 meses após as primeiras manifestações. Por outro lado, pode ser necessário remover as lesões nas pálpebras para prevenir danos nos olhos, como já foi dito”, reforça a médica.
Prevenção
Até o momento não existe qualquer vacina ou medicamento que possa prevenir o molusco contagioso.
Em contrapartida, existem medidas e cuidados que podem evitar a contaminação pelo vírus. Essas precauções podem ser adotadas por crianças e adultos.
- O uso de chinelos é obrigatório em piscinas e chuveiros de uso comum, ou seja, academias, clube, escola etc.
- O compartilhamento de itens pessoais como chinelos, toalhas, roupas e brinquedos deve ser evitado, principalmente entre crianças
- O não compartilhamento é ainda mais importante quando a pessoa tem o diagnóstico de molusco contagioso
- Para quem apresenta lesões, o ideal é mantê-las bem higienizadas e se possível cobertas em momentos de convívio comum.
- Não coce as lesões, pois podem virar feridas e infeccionar
“O conselho mais importante para prevenir doenças infectocontagiosas é sempre manter as mãos limpas. Além disso, evitar levar às mãos aos olhos e à boca e usar álcool gel sempre que possível”, finaliza a médica.