Tratamento do estrabismo com toxina botulínica

Tratamento do estrabismo com toxina botulínica

O tratamento do estrabismo com a toxina botulínica não é novidade! De fato, a substância foi usada na década de 70 pelo oftalmologista norte-americano Alan B. Scott, em pacientes estrábicos. Ele notou que após a aplicação da toxina, os músculos relaxavam e isso corrigia o desvio.

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o que mudou desde então é que as evidências científicas ao longos dos anos apontaram que a toxina botulínica tem indicações bastante específicas para os desvios oculares. Ou seja, nem todos os estrabismos podem ser tratados com a substância.

Quais estrabismos podem ser tratados com a toxina botulínica?

“O principal uso da toxina botulínica é no estrabismo paralitico, ou seja, naquele desvio adquirido por uma paralisia do músculo, principalmente no músculo reto lateral. Nos estrabismos convergentes (olho para dentro) de pequeno e médio ângulos, a toxina botulínica também pode ser uma alternativa à cirurgia”, comenta a especialista.

Como a toxina botulínica é aplicada?

A aplicação da toxina botulínica para tratar o estrabismo é feita por meio de uma injeção nos grupos musculares responsáveis pelos desvios. Em crianças, é necessário usar a anestesia geral.

“Em muitos casos, são necessárias várias aplicações para atingir a correção do desvio ocular, todas realizadas com anestesia geral em crianças. Por esse motivo, o critério para o uso da toxina botulínica em crianças deve ser rigoroso”, aponta Dra. Marcela.

Vale reforçar, portanto, que a toxina botulínica deve ser indicada apenas para desvios pequenos, já que nesses casos sua utilização é extremamente bem difundida e os resultados são excelentes, tanto para crianças quanto para adultos. Em desvios verticais pequenos, sua utilização também tem bons resultados.

Quando a cirurgia do estrabismo é indicada?

O tratamento padrão para corrigir o estrabismo é a cirurgia, principalmente nos estrabismos convergentes de médio e grande ângulos.

“Já nos desvios divergentes (olhinho para fora) o uso da toxina botulínica é bem menos frequente. Isso porque o efeito no músculo reto lateral (músculo que puxa o olhinho para fora) é pior (não se sabe o motivo dessa pior resposta nesses músculos). Portanto, nesses casos, a melhor opção ainda é a cirurgia”, reforça a oftalmopediatra.

Por fim, o único estrabismo que não tem indicação cirúrgica é o estrabismo acomodativo, causado pela hipermetropia. Nesses casos, o uso de óculos para correção do grau é suficiente para corrigir o desvio.

Stratus Oftalmologia Avançada conta em seu quadro clínico com vários oftalmologistas., como a Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo.

A clínica oftalmológica fica localizada na cidade de São Paulo, na região dos Jardins.

Para agendar sua consulta, ligue para (11) 3266-2768.

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