Tudo sobre o Estrabismo paralítico do IV Nervo Craniano
Estrabismo do IV Nervo Craniano
O estrabismo pode ser causado por uma paralisia do IV nervo craniano. Para quem não sabe, estrabismo é o nome que se dá para o desvio do eixo ocular.
A paralisia do IV nervo craniano, também chamada de paralisia do oblíquo superior ou ainda de estrabismo paralítico, é causada por alterações nos nervos que ligam a cabeça ao cérebro. Há outros tipos de estrabismos paralíticos e todos estão associados a problemas nos nervos cranianos.
Origem da paralisia do IV nervo craniano
De acordo com Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o estrabismo causado pela paralisia do IV nervo é o estrabismo paralítico congênito mais prevalente. “O IV nervo craniano, ou nervo troclear, é responsável pelos movimentos do músculo oblíquo superior que por sua vez comanda os movimentos dos olhos verticais para baixo”.
Sinais da paralisia do IV nervo craniano podem passar despercebidos
O estrabismo do IV nervo craniano causa um desvio muito discreto. Por esse motivo, é um desalinhamento do eixo ocular que pode passar despercebido pelos pais e até mesmo pelo pediatra.
Em outras palavras, como o desvio não afeta tanto a estética, fica menos evidente do que outros tipos de estrabismo.
Torcicolo é a principal característica do estrabismo paralítico do IV nervo
Embora o desvio ocular que ocorre no estrabismo paralítico do IV nervo, existe uma característica bem específica: a torção da cabeça.
Isso quer dizer que na tentativa de compensar o desvio do olho, o bebê ou a criança entorta a cabeça para o lado.
“O torcicolo é um sinal clássico de estrabismo do IV nervo craniano. Entretanto, muitas crianças são encaminhadas para o ortopedista com suspeita de torcicolo congênito, que é uma doença diferente do estrabismo do IV nervo. Vale reforçar que o estrabismo paralítico do IV nervo é a condição ocular mais frequente do torcicolo infantil”, alerta Dra. Marcela.
Oftalmopediatra é quem faz o diagnóstico
O diagnóstico do estrabismo do IV nervo craniano é feito por um oftalmopediatra/oftalmologista infantil. É uma condição benigna, ou seja, não ameaça a vida da criança, nem a sua visão. Na verdade, é uma condição tratável e com ótimos prognóstico.
“O bom prognóstico, claro, depende do diagnóstico precoce. A cirurgia para correção do desvio pode ser feita ainda no primeiro ano de vida ou um pouco mais tarde. Contudo, o ideal é corrigir o estrabismo dentro da chamada “janela de oportunidade”, que é entre os 2 4 anos”, comenta Dra. Marcela.