Obstrução do Canal Lacrimal em bebês: O que é? Quais os sintomas?
A obstrução do canal lacrimal em bebês é muito comum. A condição pode afetar até 6% dos recém-nascidos.
Primeiramente, é importante dizer que a obstrução do canal lacrimal é benigna, mas demanda alguns cuidados.
Para entender melhor a condição, vamos falar um pouco do funcionamento das glândulas lacrimais.
Como funcionam as glândulas lacrimais?
A lágrima é produzida pelas glândulas lacrimais. Sua principal função é lubrificar os olhos e protegê-los de micro-organismos, como vírus e bactérias.
Além disso, a lágrima também protege os olhos de partículas de poeira e outras substâncias.
As lágrimas são drenadas pelas vias lacrimais e levadas para a parte interna do nariz. Isso permite que o globo ocular esteja sempre lubrificado e limpo.
O que é a obstrução do canal lacrimal?
Alguns bebês, ao nascer, podem apresentar uma obstrução do canal lacrimal relacionado ao entupimento de uma membrana na região da válvula de Hasner. Trata-se de um canal que liga o ducto lacrimal à cavidade nasal.
Em outras palavras, isso quer dizer que em vez de as lágrimas percorrem o caminho esperado, ou seja, saírem do ducto lacrimal para a parte interna do nariz, elas permanecem nos olhos.
Quais são os sintomas?
O lacrimejamento constante é o principal sintomas. É importante dizer que as lágrimas podem escorrer sem parar apenas em um dos olhos ou em ambos.
Contudo, há outros sintomas como:
- Secreção com aspecto purulento (olho melado)
- Pálpebras coladas quando a secreção está seca
- Irritação da pele (dermatite da pálpebra)
Há outras causas da obstrução do canal lacrimal?
Sim, outras doenças oculares podem causar o lacrimejamento constante, como
conjuntivite, glaucoma congênito, triquíase (quando os cílios nascem para dentro) ou ainda o fechamento incompleto das pálpebras.
Como é o tratamento?
O principal tratamento para a obstrução do canal lacrimal é a massagem das vias lacrimais para melhorar a drenagem das lágrimas. A limpeza dos olhos também é necessária, devido ao acúmulo de secreção.
Tem cura?
Na maioria dos casos, a condição se resolve ainda no primeiro ano de vida. O motivo é que com o tempo, a espessura das vias lacrimais aumenta e isso contribui para a desobstrução.
Até o quinto mês de vida, o oftalmopediatra avalia a evolução do quadro com medidas menos invasivas, como massagem e limpeza dos olhos.
Mas, em alguns bebês é preciso fazer alguns procedimentos cirúrgicos, como a sondagem e a irrigação do canal lacrimal.
Raramente, o bebê pode ser submetido à dacriocistorrinostomia. É uma cirurgia em que é criada uma comunicação do canal lacrimal com o nariz, através de uma abertura óssea na fossa lacrimal.
Primordialmente, essa cirurgia só tem indicação quando a sondagem e o tratamento clínico não conseguem resolver o problema.
Para tranquilizar os papais de primeira viagem, é bom dizer que em 95% dos casos, o quadro melhora até o bebê completar 1 ano de vida, sem precisar de procedimentos invasivos.
Quem pode tratar?
Assim que os pais notarem sintomas da obstrução do canal lacrimal, podem procurar um oftalmopediatra ou oftalmologista infantil.
Dra. Marcela Barreira, que atende na Stratus Oftalmologia Avançada, é oftalmopediatra e trata a condição.
A clínica fica nos Jardins, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 3266-2768