O Que É Glaucoma

O Que É Glaucoma

Glaucoma é o termo que define um grupo de doenças oculares que causa danos no nervo óptico (feixe de fibras nervosas que transporta informações do olho para o cérebro). É uma doença silenciosa e progressiva, que pode culminar na perda irreversível da visão.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Devido ao envelhecimento populacional, o glaucoma torna-se uma questão de saúde pública muito importante. Isso porque a doença é mais prevalente a partir dos 40 anos.

Entenda o glaucoma

Para entender o glaucoma, é preciso conhecer melhor o nervo óptico. O olho humano é composto de várias estruturas. Uma delas é a retina, responsável por captar as imagens. Quem realiza essa ligação entre o olho e o cérebro, transmitindo a imagem, é o nervo óptico.

Por esse motivo, o glaucoma é considerado uma neuropatia óptica, cujo curso é progressivo e degenerativo. Esse processo de degeneração ocorre nas células ganglionares e nas camadas de fibras nervosas da retina.

Quando não há tratamento, a perda da visão é irreversível. Isso porque as células nervosas não têm capacidade de regeneração.

O que causa os danos no nervo óptico?

A câmara anterior do globo ocular é preenchida com um líquido, chamado de humor aquoso. Sua principal função é nutrir a córnea e o cristalino. A substância é produzida e drenada de forma constante, em uma área chamada de ângulo da câmara anterior do olho.

Este processo mantém a pressão intraocular (PIO) controlada. Porém, quando há alguma alteração nessa drenagem, ocorre um desequilibro na relação produção e escoamento do humor aquoso e a pressão intraocular se eleva. Esse aumento começa a danificar as células do nervo óptico.

Fatores de Risco

A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco para o desenvolvimento do glaucoma. Entretanto, há outros, como:

  • Idade acima dos 40 anos
  • Alta miopia
  • História familiar da doença
  • Trauma Ocular
  • Fatores raciais
  • Diabetes
  • Pressão alta
  • Hipotensão arterial

Quais são os sintomas?

O glaucoma é, na verdade, uma doença silenciosa. Em praticamente 90% dos casos, não há sintomas nas fases iniciais. A perda de campo visual é o principal indicativo de que o glaucoma já está instalado. Porém, isso ocorre nas fases mais avançadas.

Entretanto, alguns tipos de glaucoma podem causar algumas manifestações mais precoces, como:

  • Olhos vermelhos
  • Lacrimejamento
  • Fotofobia (sensibilidade à luz)
  • Dor nos olhos
  • Dor de cabeça

Tipos de Glaucoma

Há vários tipos de glaucoma. Podemos classificar conforme a anatomia do olho em ângulo aberto ou ângulo fechado. O exame que determina essa classificação chama-se gonioscopia.

Também podemos classificar o glaucoma em primário ou glaucoma secundário. Esse último se desenvolve devido à uma outra alteração ocular, como por exemplo um trauma.

O glaucoma congênito é causado por uma alteração na formação do globo ocular, durante a gestação. Esse tipo pode se desenvolver durante a infância e é chamada de glaucoma juvenil.

Procure um oftalmologista

A principal forma de prevenir o glaucoma é realizar consultas oftalmológicas rotineiras com medida de pressão intraocular e avaliação do disco óptico, principalmente depois dos 40 anos.

Para quem tem familiares com glaucoma, bem como outros fatores de risco associados, é fundamental começar o acompanhamento mais cedo.

Tratamento

O foco do tratamento do glaucoma é impedir a progressão da doença, quanto mais precoce o diagnóstico melhor o prognóstico.

O glaucoma é uma doença crônica. Portanto, o tratamento é contínuo e depende do uso correto uso dos colírios e da realização periódica de exames de controle.

O glaucoma também pode ser tratado por meio de laser, implante de válvulas ou Stents, cirurgias filtrantes e uso de tubos de drenagem. O objetivo de todas as técnicas é reduzir a pressão intraocular. Cada caso deve ser avaliado individualmente para a indicação do tratamento mais apropriado.

A prevenção do glaucoma é a principal ferramenta que temos para o diagnóstico precoce. Consulte seu oftalmologista anualmente.

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